terça-feira, 31 de julho de 2007

Sinto falta dos meninos de Minas Gerais...
É que eu nunca tive meio termo pras coisas
Se eu quero, eu quero, e pronto.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Em mim não existe espaço pra sentimentalismo.

terça-feira, 24 de julho de 2007

O sábio Belchior profetizou com poesia o caos aéreo
que toma conta do Brasil, enquanto o cristo é eleito
uma das 7 maravilhas do mundo, e todos estão de olho no Pan
naquele clima de "o Rio de Janeiro continua lindo"
a galera se fode no aeroporto, e só pra constar Pan de cú é rola!
Foi por medo de avião,
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão,
Um gole de conhaque,
Aquele toque em teu cetim,
Que coisa adolescente, James Dean!

Foi por medo de avião,
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão,
Não fico mais nervoso,
Você já não grita,
E a aeromoça sexy, fica mais bonita.

Foi por medo de avião,
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão,
Agora ficou fácil,
Todo mundo compreende,
Aquele toque Beatle...I Wanna hold your hand!

(Belchior)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Talvez

Eu acordei com vontade de saber como você está,
faz tão pouco tempo, mas eu nem me lembro mais
esqueci a cor dos seus olhos e o cheiro do seu cabelo
foram tantas promessas, beijos, juras sob a lua
hoje eu sinto que nada teve a menor importância
e a cada dia que passa eu acredito menos no amor,
o que é o amor? já não faz o menor sentido pra mim
do que vale a vida?
respostas que se esvaem entre os meus dedos,
escuto um som profundo, e creio que ele venha de mim
do meu meu íntimo secreto jamais tocado,
talvez existam respostas,
e talvez eu nunca tenha coragem de falar...
é que nem sempre sou forte,
apesar de carregar o peso do mundo nas costas
é que nem sempre sou sensível,
sou humana, errante, passível ao estrago
e todas as músicas de amor que eu cantei pra você,
viraram silêncio e dúvida
todos os poemas? sagraram até morrer...
e de que valem as palavras?
meros anseios de sensações jamais explicadas
o primeiro beijo na chuva, a primeira noite de amor
o pôr-do-sol do arpoador, eu juro, nunca vou esquecer
posso parecer cruel e dura,
é que cansei do mundo, já faz um tempo
me olho no espelho e não me reconheço, essa não sou eu
cabelo, boca, sentimento, eu me reinvento
talvez eu me encontre em Paris, ou Barcelona
mas em qualquer lugar do mundo,
sempre vai faltar algo em mim
se eu sou feliz? eu to sempre com um copo na mão
felicidade é conto pra criança dormir,
eu vivo na realidade feia e suja
da compreensão jamais encontrada,
talvez o que falte em mim,
eu encontre em você que eu não conheço,
mais que me perturba com reflexos de loucura
talvez eu nunca me encontre,
o que eu já nem me importo mais
vivo esperando o dia em que vou me sentir viva;

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Eu finjo ter paciência...

Lenine - Paciência

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu me recuso, faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo que me falta pra perceber?
Será que temos este tempo pra perder?
E quem quer saber
A vida é tão rara

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei

A vida não pára
A vida não pára, não
A vida não pára
A vida é tão rara

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Não me digam o que tenho que fazer. Eu nunca vou fazer parte do sistema, mentes pequenas. Pessoas na imensidão do banco de seus carros. O mundo é pouco demais para os meus anseios...

Sinestesia incorrigível

Sou um caso perdido,
incompreendido, metido,
ser bonita nunca me bastou,
ser inteligente muito menos,
eu quero ser voluntária no Líbano,
encontrar um abrigo,
e ajudar os que estão em perigo,
a questão é? todos estão.
a cada dia me sinto mais confusa,
inundada de paixões e repulsas
igualmente intensas,
eles me disseram pra ser normal,
mas eu sou aquariana,
quero descobrir a cura da AIDS,
entrar pro greenpeace,
plantar uma árvore.
estou cansada de rostos bonitos e vazios,
fundar uma ONG e morar no campo,
talvez fosse a saída,
mas o muito sempre representou
tão pouco pra mim,
é época de fazer o bem,
mesmo que do alto da minha arrogância,
ninguém entenda...
minha válvula de escape é a arte,
quero viajar os quatro cantos do mundo,
distribuir cultura e morrer de amor...
pronto! vou engolir a vida, num gole só;

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Vício barato

Se ele soubesse o que faz com a minha estrutura,
o jogaria na rua, só pra fazer ele entender,
que talvez seja amor, e que ás vezes vai doer,
queria ver ele rastejando num deserto sem fim,
até perceber, que é o errado e o certo pra mim,
encaixe perfeito, o sentimento se fez,
e em cada canto de mim, eu te procuro,
me rasgo pra tentar aceitar,
todas as bebidas vou tomando, de bar em bar,
na esperança de achar o verde dos teus olhos
que me lembram o mar,
vivo a me alucinar, sinto na veia o desejo pulsar,
nem sempre é bonito, me irrita, eu não minto,
grito e digo que não quero, faço manha,
e só você não vê, baby, eu preciso de você
eu não quero te amar,
pra mim as coisas nunca fazem sentido,
mas nos teus braços eu encontro meu abrigo,
e todos os porres que eu já tomei,
todos os caras que conheci,
todas as risadas que eu dei, noites e dias,
nada se compara a você,
virou vício, ilícito, a gente não presta,
mas eu gosto tanto disso, a vida é tão fugaz,
da lapa ao leblon, eu te entreguei meu coração de bandeja
ele nunca vai entender, que o fogo que ele vê no meu cabelo
brilha por ele, e por ele não há o que eu não faça,
reflexo sem nexo, de noites de puro prazer,
vai muito além da carne, do corpo, do ser
é quase o anti-amor, e é certo que ele é belo,
não me nego, me revelo, eu quero você pra sempre assim
pior que tatuagem, como cicatriz, marcado em mim;
loucura é loucura, nunca tente me entender,
mas acredite quando digo: garoto, gosto de você.

Meu outro eu

Minha doce morena, eterniza a pureza na flor que te dou,
ofertando a ti o meu amor, que assim se fez,
no choque dos cachos dourados na pele morena,
pressuposto instante vazio de todo sentimento,
desmesura de almas em contentamento,
levo de ti morena o gosto da infância, o sabor da lua,
e por anos a saudade sua,
quiçá como o sol que volta a raiar,
juraria por nosso sangue pequena,
por mil quimeras irei te amar,
ô morena do brilho que envergonha as estrelas,
és serena, de toda a beleza,
num coração que tristeza não cabe enfim,
desmedido sentimento infinito,
de utópicas realidades, sabes o que eu sinto,
amor eterno, devaneios coloridos,
vida compartilhada, você é meu chão,
meu tudo e meu nada,
inebriante mistura de perfumes,
que paralisa com o seu brincar de rir,
que seca o deserto coberto de flores, no marasmo da razão,
você é um pedaço de mim, meu verso, prosa, e canção;
me confundo entre luzes e risos,
entendo de mágica e lágrimas,
de sintonia e ritmo perfeito,
minha menina eu amo teus defeitos,
morena és a cura de minhas loucuras,
talvez a única que possa me salvar,
então vem comigo morena ,
vamos correr na praia e brincar no mar,
mas antes pega na minha mão e não solta nunca mais,
que o teu sorriso é minha jóia mais preciosa,
e o teu amor é o meu bem maior,
te amo assim morena,
do meu jeito, e só.

Murro em ponta de faca

Pensamentos instantâneos, felicidade no controle remoto,
eu nunca tive muito saco pra essa coisa de sentir medo,
me arrisquei por mais de mil, até pelo que eu não quis,
senti a loucura de perto, ora vamos,
loucura e tédio são apenas palavras,
sorte daqueles que sobrevivem com ignorância,
são de fato mais felizes,
felicidade é para os tolos,
eu prefiro arder de amor, num mar de dor,
eu nunca tive muito saco,
pra ideologias baratas, religiões compradas e
política industrializada,
e tanto blá-blá-blá, tanta conversa fiada,
que eu prefiro dormir a ficar acordada,
nessa realidade subjetiva, nessa carne sofrida,
sorte é a dos sem sentimentos, ás vezes eu preferia não sentir,
o amor é o veneno mais doce,
a poesia é a magia mais necessária,
a vida então se faz fundamental,
é um bem querer mais que querer mal.

Perdida por dentro

O vento frio esconde o seu sentimento,
misto de murmúrios e de lamento,
ela não sabe onde seu coração se perdeu,
ela esqueceu onde está o seu sorriso,
ela busca respostas,
mas só encontra dúvidas,
ela sente medo,
ela chega em casa,
mas ela não encontra ninguém,
você sabe como é se sentir como ela?
sabe o que é se perder dentro de si,
as nuvens passam pela janela,
ela chora calada, senta e espera,
no fundo ela sabe que não será mais a mesma,
o grito interno é inevitável,
e quanto mais ela anda, mais ela cai sem as suas asas,
o devaneio é constante,
e sua mente inquietante,
ela não pode ser igual a vocês,
ás vezes ela se esforça,
e ri de sua falta de jeito,
ela possui muitos defeitos,
ela não consegue ir além do que vê,
o vazio a completa; você entende o porquê?

Nostálgia

Sinto falta da época que não vivi,
dos bondes que não peguei,
da Ipanema tranquila que eu não conheci,
do charme dos vestidos clássicos que não usei,
da tarde de outono em que eu não vi,
as folhas secas caírem ao chão,
falta essa do amor cantado em verso e prosa,
do encanto fugaz das pérolas e das rosas,
dos gestos bonitos e dos homens gentis,
quiçá das músicas que ainda não ouvi,
e dos filmes que verei,
no encanto de amores que ainda terei,
saudade da bossa nova suave e do barulhinho do mar,
do encontro de tarde no boteco ou no bar,
dos meninos do rio que eu vivo a procurar,
e das águas de março que mais um verão vão fechar,
mas de tempos em tempos, questiono o bem e mal,
é que as vezes baby, eu fico meio down.

Desconstrução do tempo

Hoje o tempo não nos permite sorrir,
a realidade do hoje desconstrói os conceitos,
gritos altos já não entorpecem a multidão,
vazia e repleta, de reflexos imperfeitos,
o grito interno é inevitável,
somos tão pequenos e queremos tanto,
a morte é fato, e o término assim se fez,
mas a brisa fresca do outono se aproxima,
e trás com ela lembranças,
ás vezes dói...
ás vezes eu dou risada e ninguém percebe,
hoje eu descobri, que máscaras não podem ludibriar tristezas,
mas sinto que o meu sorriso mais doce está próximo,
pois olho para o lado,
e vejo o brilho dos olhos,
daqueles que me querem bem,
então talvez valha a pena, não por mim, nem por eles...
mas por todos nós.