quarta-feira, 25 de maio de 2011

Espelho do amor

Ele tinha visto minha alma; mas só porque eu deixei, eu gostava dele só porque eu queria gostar, todo aquele sentimento na verdade era meu, não dele. Eu escrevia poemas diários porque é da minha natureza, eu confundia tudo porque fui criada achando graça da confusão de ser eu. Eu gostava dele porque me via nele, todo gostar é um pouco de nós, quase ego, mas não chegava a ser exatamente ego, era vontade de se assimilar com iguais, vejo no outro o que gosto em mim, quero ele perto porque sou mais inteligente perto dele.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Desconcerto

Poderia viver esquecendo tudo o que eu já sabia; aquela minhas sensações podiam ser evitadas, eu podia fazer parte da totalidade que ignora o por trás das cousas, eu não o fazia. Mas podia. Em cada fatia de momento me obrigavam à escolhas. Se eu fingisse que não acredito nas metafísicas que comprovei existir estaria eu negando o óbvio em mim? Até que ponto a panela da vida não solta uma fumaça tão constante que chega a cegar o inesperado... Fazia diferença, eu falava pelos cotovelos mas ouvia muito mais, estava atenta a todos os detalhes, um batom um toque no antebraço, as verdades quando são nossas não sabemos desconsiderar, fomos criados pra aceitar o mastigado, criar entendimento decente e sorrir. Não que eu prefira os dias nublados eu gosto de praia sol eu gosto até de você, mas é infinita a dúvida entre céus e terras. Passava do meio dia e eu não tinha fome, engoli a seco que eu sou responsável pelo que sinto;