tag:blogger.com,1999:blog-18475610859515738012024-02-19T13:22:09.505-03:00Eu nunca disse que prestava!Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.comBlogger186125tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-6722780393297801982011-08-28T21:35:00.002-03:002011-08-28T21:55:13.167-03:00Uma intolerância tinha ganhado espaço na minha devastação, não era o genio forte que me fazia elevar a voz, era a falta, o reencontro com o que morreu, eu sabia que a morte era a única certeza que temos na vida. Mas e se nos próximos cinco anos eu ainda enxergar esse vazio na linha do horizonte? Pensava em suicídio, tentava a religião o álcool, o sexo. Não, não vai passar, mas se modifica. E essa linha tenue reconfortava os domingos insossos. Voltar para o início ou me atirar ao novo? A novidade me atraia.
<br />Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-27933590694389619032011-08-11T17:31:00.002-03:002011-08-11T17:45:16.649-03:00<span style="font-size:130%;">Já pensei em me esvair em palavras, arrancar todas até não sobrar eu. O que restaria então? Sonho <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">travestido</span> de sombra dos dias híbridos. Peito aberto, <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">fratura</span> exposta, meu coração forte, frágil, desvairado em consciência. Quero pintar as paredes de dentro de azul, sim, um azul pungente, que esmagasse a certeza que fazia encantamentos sórdidos. O por debaixo dos panos me vibrava as percepções com a cartola na <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">cuca</span> maluca. Faço mágica com as palavras, mas a <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">platéia</span> percebe o truque? Estou vestida de escolhas, não tem coelho na minha cartola, é tudo paixão. Não acredito em nada que não tenha paixão.</span>
<br />Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-61117384230860752472011-07-25T19:33:00.009-03:002011-07-25T20:35:27.918-03:00Gente que não presta, não abandono vocês.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixjPkPiQYLn2TkR9ZW9EVbd1SFS6yshZgyweHjLwJSBLbxynNgojLdgECFE5Kp9PYLplsH-Ilm-ns_FQ0BPyO2X_WP8tcJMseU66B_2Y-Xk_QBEdG3uEQgGlYe5nV3f8_kcNvi1-Ds4p8x/s1600/Zsuzsi+Roboz_Dear+Mum.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 242px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633436982504682370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixjPkPiQYLn2TkR9ZW9EVbd1SFS6yshZgyweHjLwJSBLbxynNgojLdgECFE5Kp9PYLplsH-Ilm-ns_FQ0BPyO2X_WP8tcJMseU66B_2Y-Xk_QBEdG3uEQgGlYe5nV3f8_kcNvi1-Ds4p8x/s320/Zsuzsi+Roboz_Dear+Mum.jpg" /></a> <span style="font-size:180%;">Toda evolução tivesse o motivo que fosse, partiria de você; só de você. Eu queria uma solução <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">exatamente</span> milagrosa paras as minhas causas, eu não me justificava nessa mesa de madeira, eu devia pegar o <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">metrô</span> e cumprir meu destino, mas a <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">idéia</span> mesmo que menor que um grão de arroz de estar presa ao que quer que fosse me provocava arrepios, não do tipo bons, mas aqueles em que o grito corre seco pra garganta. Desde pequena eu não sei me apegar; tinha o bicho da inquietude no sangue, ele se alimentava de mim, eu me alimentava dele, era uma troca recíproca. Só sei estabelecer relações recíprocas. Como vocês podem ver nasci mulher, pele clara, cabelo castanho claro, ondulado; olhos quase que da mesmíssima cor dos cabelos. Mas gosto de dizer que são cor de mel. Essa descrição toda é pra dizer que apesar da aparência eu sempre me senti com uma parcela muito baixa do senso feminino em mim, eu não tinha grandes neuroses, extremas psicoses, meu destempero era controlado; vez ou outra eu soltava a macaca, as vezes acho até que eu gostava de brincar de me importar com certas <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">mulherzices</span>. Claro que eu tinha umas falhas grotescas, as vezes era fria demais, dura demais, sincera demais. E da relatividade dos meus vinte e dois anos eu sei o que faz diferença aos meus olhos. Sempre fui do tipo sensível, não a sensível que chora, mas a sensível que percebe o mundo pelos seus pedaços, junto cada detalhe; observo escuto, me sinto <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">onisciente</span>. E não pense que isso é dádiva, e não adianta dizer que volta atrás de tudo, me ligar todas as noites, e ficar choramingando para os nossos amigos, acostume-se, minha sensibilidade nunca viu ninguém morrer de amor.</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-78210891774510001012011-05-25T11:16:00.002-03:002011-05-25T11:24:49.775-03:00Espelho do amor<span style="font-size:180%;">Ele tinha visto minha alma; mas só porque eu deixei, eu gostava dele só porque eu queria gostar, todo aquele sentimento na verdade era meu, não dele. Eu escrevia poemas diários porque é da minha natureza, eu confundia tudo porque fui criada achando graça da confusão de ser eu. Eu gostava dele porque me via nele, todo gostar é um pouco de nós, quase ego, mas não chegava a ser exatamente ego, era vontade de se assimilar com iguais, vejo no outro o que gosto em mim, quero ele perto porque sou mais inteligente perto dele.</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-23406061293032771122011-05-12T12:35:00.001-03:002011-07-20T01:25:33.769-03:00Desconcerto<span style="font-size:180%;">Poderia viver esquecendo tudo o que eu já sabia; aquela minhas sensações podiam ser evitadas, eu podia fazer parte da totalidade que ignora o por trás das cousas, eu não o fazia. Mas podia. Em cada fatia de momento me obrigavam à escolhas. Se eu fingisse que não acredito nas metafísicas que comprovei existir estaria eu negando o óbvio em mim? Até que ponto a panela da vida não solta uma fumaça tão constante que chega a cegar o inesperado... Fazia diferença, eu falava pelos cotovelos mas ouvia muito mais, estava atenta a todos os detalhes, um <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">batom</span> um toque no antebraço, as verdades quando são nossas não sabemos <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">desconsiderar</span>, fomos criados pra aceitar o mastigado, criar entendimento decente e sorrir. Não que eu prefira os dias nublados eu gosto de praia sol eu gosto até de você, mas é infinita a dúvida entre céus e terras. Passava do meio dia e eu não tinha fome, engoli a seco que eu sou responsável pelo que sinto;</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-91776949604997092632011-04-04T11:33:00.008-03:002011-04-04T12:34:52.008-03:00Não acreditava em Destino.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFnRvMYrkNrvMZwLzMFY8PFcC2Og-R7HqvGGegYEOO4O1teuEBdPG0biyL6A-QlTiAWi1a7W9rUnLKIqMT7mAbQsUa1Z5LkISY2ejL_yeG9P5vdL60pveK28zfajfsOaEuRFfR3J_90-A4/s1600/chuvoso.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591752281231411298" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFnRvMYrkNrvMZwLzMFY8PFcC2Og-R7HqvGGegYEOO4O1teuEBdPG0biyL6A-QlTiAWi1a7W9rUnLKIqMT7mAbQsUa1Z5LkISY2ejL_yeG9P5vdL60pveK28zfajfsOaEuRFfR3J_90-A4/s320/chuvoso.jpg" /></a> <br /><div><strong><span style="font-size:130%;">Sentada na praia desconhecida avistava novamente o mar. A cor não era mais a mesma, tinha mudado o jeito de ver? Mas aquele azul de qualquer tom a encantava. Cismava que não podia ser a mesma do retrato, então o enrolou e colocou numa garrafa de vidro e não jogou ao mar. O seu passado era um tesouro enterrado; enterrou a garrafa. Desejou se reencontrar num fururo próximo. É quando a gente sabe que o novo chega; podia sentir o sabor da reciclagem, um novo lar pra descansar os objetivos, estava cansada de liberdade superficial, só assim voltava a sentir os sabores doces, o misto quente de pão fininho pela manhã, o suco de laranja que ela nunca gostou, mas vira o copo. E sente o líquido se afeiçoar ao corpo, já não parece tão ruim, nada agora poderia ser tão ruim, as batalhas deixaram cicatrizes sábias, a lembravam de sua mortalidade pagã de simples ser urgente, necessitado, inconstante. Mantinha-se calma, sabia que tinha apenas oito anos para definir o que prolongou por egoísmo de sobreviver, via como águas límpidas onde o seu calo aperta, onde suas prioridades são eles e não ele. Entendeu numa mordida quântica que era vital se afastar de suas extremidades. Agora arruma a cama, observa os detalhes da casa interna, decorou seu coração com rosas púrpuras azuladas, era louca por azular as rosas as paredes a vida pra ela só podia ter sentido no azul. Pegou seu ticket e correu pro próximo brinquedo, entrou num que parecia uma caixa, nele havia uma borboleta escura tentando sair pelos vidros, ficou a imaginar como ela foi parar ali, se identificou de imediato, também não sabia suas razões de estar, mas estava. E ria. Sempre sobrava um sorriso de um ciclo da vida, Viver era aprender a sorrir mais uma vez, de novo.</span></strong></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-88239958932668321802011-02-10T10:42:00.005-02:002011-02-10T11:34:48.307-02:00Olá, Planeta Aquário<span style="font-size:180%;color:#663366;">....não há lugar para crise alguma esse sol intermitente me agustia com a saliva que corta a pele da boca frágil acima das rupturas não há vírgula que me separe da intensidade que as cores doem nos ouvidos gritando aos olhos cortando as vísceras sem pontas de facas cegas surdas mudas malditas fatiadas nas percepções sensoriais que eu me aproximo de saber sentir e vem você do outro lado da terra vemelha escomungando minha devassidão natural latina apodrecida com a carne de sol que você deixou às moscas tórridas sensações que eu gosto de vestir com anéis perolados imitando um novo planeta que é minha revolução de um novo ciclo onde soma-se vinte e um anos mais onze meses e todos os colápsos imagináveis...</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-22770594268392698612011-01-24T16:27:00.003-02:002011-02-10T11:05:08.293-02:00Normalidade inoperante<span style="font-size:130%;color:#003300;">Joana é isso mesmo que eu entendi? Aquele teatro todo era puro vazio? O drama era meu? Foi da minha cabeça que eu construí esse amor. Eu e minha camisa de botões, eu e minha falta de vergonha, eu e o seu egoísmo Joana. As canções que o seu violão toca, são esboços do que você nunca vai ser. Pode ficar aí, calada. Mentiras não acontecem por acaso. Eu nunca acreditei no acaso.<br /><br />Maurício você não sabe me ouvir. As coisas mudam de tamanho na minha cabeça, eu só queria outra chance, ter dez anos a menos. Sorrir desse seu jeito de criança que encontra em todo bar um deleite, eu não Maurício, não me foi dado o <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">direito</span> à leveza. Me pesa toda a minha incapacidade, deixa eu ser incapaz, pára de se <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">intrometer</span> no meu direito ao caos.<br /><br />Maurício devora bolinhos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">Ana</span> <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">Maria</span>, sozinho, na solidão do trabalho. Joana legalizando seus sentimentos. Joana não teme o tempo, Maurício dorme, o amor é mesmo assim, conflito de uma quase alegria eterna. Que acaba. Com a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">idéia</span> de felicidade no despertar de uma segunda feira nublada, cortante, cheia de realidade. - Vá pastar Maurício. - Você é linda assim. Brava comigo.</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-88615590400163766702011-01-03T17:29:00.003-02:002011-02-10T11:06:04.746-02:00Elas por Elas<span style="font-size:130%;color:#993300;"><strong>Ana estava cansada das roupas antigas. Queria um guarda-roupa novo! Queria sempre alguma coisa da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">vitrine</span>, queria sempre algum rapaz interessante. Seria possível um guarda-amores novo? Ana se <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">enturmava</span> fácil, era alegre, não daquelas excessivas, apesar da pouca falta de sensibilidade para assuntos delicados. Vivia de um jeito insuspeitado, contia todos os mistérios naqueles olhos grandes, que assustavam as esquinas quando ela passava. Gostava de conversar com sua prima Lúcia, que delirava com as loucuras de Ana. - Você fez mesmo isso? Não acredito, Ana! Sabe, eu faria também. Nelson Rodrigues nos amaria.</strong></span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-18424975672001336292011-01-03T17:14:00.003-02:002011-01-03T17:24:24.060-02:00Just for you<span style="font-size:180%;color:#000066;">Você que segura minha mão no escuro, eu te reconheço a face pelo cheiro doce carmim, pela tinta que eu espalhei no lençol azul que cobre a sua cama. Escuta que eu te amo de um modo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">despreparado</span>, eu não havia vivido para essas descobertas, meu coração não escreve com balões de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">neon</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">garrafais</span> para você entender o óbvio. Que é de toda importância esse toque, seu, meu; que retira as dores de cabeça sem vidros nos olhos. É você mesmo que me faz não ser eu para ser melhor, sem bolhas cintilantes de outras galáxias. É você que eu amo.</span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-402398493070729232010-12-29T17:32:00.003-02:002010-12-29T17:51:20.130-02:00Imensa<span style="font-size:180%;"><em>A velha falta de compostura. Um reencontro ácido. Intenso. Magnético. Essa lua cheia brilha comigo. Num impulso pensado, entendido, só porque você gosta. Tocava um tango ao fundo. E te bastava a voz de dentro. <span style="color:#cc0000;">Nua</span>. A girar pela noite fria; próxima de sentir o gosto cinza calçada que invadia sua bolsa com estampa de artista mexicana. Antes de dormir. Sorria. Com o entendimento de uma pecadora por <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">excelência</span>; ruminando nos corpos alheios, sua audácia de viver.</em></span>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-32218720308869402052010-12-28T16:35:00.004-02:002010-12-28T17:11:12.340-02:00Castelo de areia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpiGM5zeXdIj4fCECCC2YBYiM5KFkdVADqrxFYtFY3MuFT_y_UW7UCAr1fY1sVJL3AitYtGxOJHnmxou-1liE3JzUWY05XymI22L7jH4K7UMHQmszmGtpaAWJMyy691sC8cjLi2foaU7Nh/s1600/untitled.bmp"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 200px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5555809994708215842" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpiGM5zeXdIj4fCECCC2YBYiM5KFkdVADqrxFYtFY3MuFT_y_UW7UCAr1fY1sVJL3AitYtGxOJHnmxou-1liE3JzUWY05XymI22L7jH4K7UMHQmszmGtpaAWJMyy691sC8cjLi2foaU7Nh/s320/untitled.bmp" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Resoluções de finais de ano precisam combinar com essa cor que eu quero inventar? A <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">direção</span> me leva da eloquência onde espalho as gotas pela superfície dos timbres percorrendo o chão das delícias imaginadas; até o fechamento dos meus olhos para um eu que não existe mais. Renovei minhas palavras velhas, mutilei o sorriso que precisava, tirei todo o precisar de mim. Vi um vulto vermelho <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">pulsante</span> e descobri que tenho um coração apaixonado. Não sabe d<span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">ecodificar</span> teoremas de complexidade mas sabe ceder, aceitar <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-corrected">compreender</span>. Eu compreendo tudo. Não vês? Eu nasci para o amor. Beijar uma multidão de silêncio não é imoral, pecado é desistir de si mesmo. Quebrei, estou, fora. Saltei, enfim, da bolha. É libertação? Ainda não é isso, a alma que repele ondas de negatividade enquanto me coloca em seio materno de vertigens doces, alucinadas! Tenho tido muitos sonhos, meus <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">prelúdios</span> do teu ser, muito certos. Eu escolhi o erro. De saber e mentir mais que os outros. Rasguei o <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">caderninho</span> de delírios, se você encontrar um meu correndo por aí diga que não o quero. Só o que movimenta minha sensatez é paz do meu menino.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-4672899514691810152010-12-22T10:06:00.005-02:002010-12-22T11:29:08.686-02:00Entorpecida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3an9O5yzDxAE0JrEydc7rqodIPJdod_bx_Ydr_gsbCaYeoaK0uN_8fImPfqTCclkYjcE21rKwtWSrUDu_MxZNvWU0jZgbQ8_6LhHJYJu9xaSWOyPX5uNHye035IVxOr7slC0t7KsJx0_M/s1600/imagesCAXSNMZN.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 257px; DISPLAY: block; HEIGHT: 196px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553498111089905682" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3an9O5yzDxAE0JrEydc7rqodIPJdod_bx_Ydr_gsbCaYeoaK0uN_8fImPfqTCclkYjcE21rKwtWSrUDu_MxZNvWU0jZgbQ8_6LhHJYJu9xaSWOyPX5uNHye035IVxOr7slC0t7KsJx0_M/s320/imagesCAXSNMZN.jpg" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI0RtnudORS3Nuhyphenhyphenj75vA6fj3fc6ID0C96M22i_NPL7NxA6SggK2NKQGVycXwXxXPJ5deOsMx6hQhUQ85TccsI2NFqerpdZ6LIr-uCK2C1DVpm2CDKgKvv0HpqnRfcHogz0cU-znBurutl/s1600/catr7.jpg"></a><span style="font-size:130%;">Era só uma questão de lugar. Onde eu pudesse acomodar a demanda de argumentos sugestivos. Não precisava ter um rosto ali, balançando a cabeça como se concordasse comigo. Porque eu mesma não me aceitava, vez ou outra. Então <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">tava</span> tudo bem, era sexta-feira, o ano estava acabando. Eu repetia em tom baixo que cada um é responsável pela sua loucura. E por mim, continuava tudo bem. A humanidade leu O Pequeno Príncipe em demasia. Cada um é responsável pelos seus próprios <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">atos</span> e crises. Aceite isso sem dor. Embora venha a doer nas noites em que você fica sozinho no quarto se sentindo a lasca da sociedade <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">atual</span>. Porque eu me cansei dos moderníssimos, entende? Queria qualquer coisa quente ou <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">morninha</span>, tipo um arroz doce. Não precisava mais do caos <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">noturno</span>. Se tornara uma mulher <span style="color:#ff6666;">morena dia</span>. Quase feliz, se não fosse a melancolia natural dos desiludidos.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-27559580947967205342010-12-16T16:36:00.011-02:002010-12-22T10:38:11.770-02:00Antes do cinza do dia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJrjaXJCxMs6yKq_vSkeukF-QHOSs-YJspRouYVrGlZD77a2Au7lPfJxWGZE4iuCgIxs4iVkVlL2HiW4jWMb2nO0Bezo1eBG7cu67GYVR8ppGcAaJGsf3ai1dU_3D16qFru4w_Gsi9Dc0k/s1600/frio-22.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 241px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553484888325031938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJrjaXJCxMs6yKq_vSkeukF-QHOSs-YJspRouYVrGlZD77a2Au7lPfJxWGZE4iuCgIxs4iVkVlL2HiW4jWMb2nO0Bezo1eBG7cu67GYVR8ppGcAaJGsf3ai1dU_3D16qFru4w_Gsi9Dc0k/s320/frio-22.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Primeiro vinha só o gelo seco...<br /><br />Eu <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">tava</span> perdida num sonho onde você não podia entrar. Porque era feito dos nossos pedaços. Cada camada de sonho foi uma cena que você construiu no meu consciente. Não existe paralelo entre meu rosto e suas feições. A nossa causa era a versão única da memória. Naquela viagem em que o frio fora mais forte que a vontade de desbravar o território e nos lançamos <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">nús</span> num hotel qualquer. O primeiro que não era caro nem barato, perto dos bares, próximo daquele pedaço de madeira onde escrevi a frase que hoje não-me-vem-de-jeito-nenhum. Às vezes lembro que o esquecimento é bom. A essa altura do campeonato eu já teria feito um <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-error">outdoor</span> com a frase que outrora significou o íntimo. Só para você rir e saber que eu faria todas as tolices da paixão para ver os seus dentes enormes aparecendo. Sempre tive inveja do tamanho dos seus dentes, eu não podia morder maior que você. Não, eu não mordia pequeno. Meus dentes é que insistiam em ser miniaturas do meu potencial, que é enorme. Eu não <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">tava</span> esperando você me agarrar pelas costas e falar meu nome com a maciez que só você alcança. Eu queria esse beijo gostoso. A rede embalando nosso vazio ao violão. O sabor da nossa palavra em <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-corrected">silêncio</span>. Que habita todas as varandas e abre todas as janelas dos que têm coragem de amar assim. Profundamente.<br /><br />As luzes se apagam!<br /><br />- Eu te quero muito.<br /><br />- Eu também, princesa.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-77554602553961558192010-12-15T11:53:00.004-02:002010-12-22T11:30:07.294-02:00Segredo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuOU8Brpxtn2EraJnGIYq5z1enpeQwwlplRcvjfymE2-fRQdbQo1_tj4kxzyK39HUicteud0fTmmESn5d6ykwhxFNTE2WiAFWjp-B9MlJPrpeDWsrqDergHgLDkbS7KsfKOIl_NhboqKb8/s1600/segredo.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 211px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553485359030685762" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuOU8Brpxtn2EraJnGIYq5z1enpeQwwlplRcvjfymE2-fRQdbQo1_tj4kxzyK39HUicteud0fTmmESn5d6ykwhxFNTE2WiAFWjp-B9MlJPrpeDWsrqDergHgLDkbS7KsfKOIl_NhboqKb8/s320/segredo.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Tentando interromper um ciclo. Esgoto minha capacidade de cortar o cabelo, sem tintas, esquece a tesoura, a <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">inquietação</span> em mim vai ter de se acostumar comigo. Perdi meu coração junto com a comida no prato, deixei o <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">brócolis</span> ficar com o arroz, em cima da mesa. Esperando que eu o coma. Abandonado ali ele nada podia esperar de mim. Nem eu dele. Procuro a sorte da não necessidade, era só assim que eu podia amar. A força do sentir arranca minhas <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">vísceras</span> até que eu vomite palavras de entendimento portátil, aí você as carrega no seu bolso. Com <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">achismo</span> de quem crê que me entende. Mudei. E não foi difícil como dizem os tolos. Há sempre uma esperança escondida por <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-corrected">detrás</span> do pano de limpar os <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-corrected">móveis</span>, mesmo que a sujeira do passado te impeça de ver. É possível que o meu <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-corrected">desengano</span> seja a arma que eu preciso nessa guerra onde os vilões são mais fortes. E eu nunca fui mocinha. Era daquelas que não se define, que não inventa tatuagem para fortalecer as <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-error">pseudo</span>-verdades sobre o que se é. O tabu, era o meu próprio grito, minha própria pele já me marcara de modo que eu não poderia passar tinta em cima e fingir que eu não era manchada de acontecimentos. Busco com avidez aquela menina que eu nunca fui, até forcei marcar um encontro com ela, <span id="SPELLING_ERROR_8" class="blsp-spelling-error">desmascará</span>-la! Dizer que eu sim sou real. Mas o que é a realidade? Que distorção eu faço das cousas? A <span id="SPELLING_ERROR_9" class="blsp-spelling-corrected">pergunta</span> não finda. Mas nesse diálogo ninguém sobrevive. É um eu que morre e o outro que te mata. De amor.</span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong>Sem consciência de eternidade, no breve tocar dos lábios...</strong></span><br /><span style="font-size:130%;"><strong>É aqui que a gente se encontra... mais uma vez.</strong></span><br /><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:130%;">...</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-3328772227473254592010-12-13T12:30:00.003-02:002010-12-22T10:44:14.700-02:00Sobre pontes involuntárias<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiml52FlufgJxFnCdBGWR9gPAYArBVXtPQh1s0AGDt_1__ISqrVeYxezpj-59DMcSBLGDjbdZRQnR-1LieYhVKDI8za3mPvB4NQvgYIKEFb1vCBnxupujvIDIbryVgIk3hhJonh15twxwvv/s1600/imagesCAFG9QZU.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 197px; DISPLAY: block; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553486467879764114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiml52FlufgJxFnCdBGWR9gPAYArBVXtPQh1s0AGDt_1__ISqrVeYxezpj-59DMcSBLGDjbdZRQnR-1LieYhVKDI8za3mPvB4NQvgYIKEFb1vCBnxupujvIDIbryVgIk3hhJonh15twxwvv/s320/imagesCAFG9QZU.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:180%;">O meu sorriso hoje tem gosto da noite de ontem. Possui brilho de rua, magia de um som num espaço que só poderia transcender tensões musculares, fatalidades estabelecidades pela comunhão de mentes evoluindo a naturalidade da idealização da matéria; meu corpo em movimento com o seu corpo. <span style="color:#339999;">Império perfeito</span>.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-26518099762159132712010-12-09T16:42:00.003-02:002010-12-22T10:45:59.152-02:00Ainda é cedo, Fernanda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCeAmsTU_vT3xJ63xu9Ogl6-FSp7lzBm2MIdTZb8TbHqRhahU6k3zP4AtxRoVVlTR2G9ET7YmaD7W57fLR6UjFEWqnSfGSn91jBZEn2e1stv5KQ8C5VF3UWZSX89b-jOQl-1K0YIab1pa1/s1600/livro.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 318px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553486972990739234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCeAmsTU_vT3xJ63xu9Ogl6-FSp7lzBm2MIdTZb8TbHqRhahU6k3zP4AtxRoVVlTR2G9ET7YmaD7W57fLR6UjFEWqnSfGSn91jBZEn2e1stv5KQ8C5VF3UWZSX89b-jOQl-1K0YIab1pa1/s320/livro.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:180%;color:#990000;">Quantos pensamentos você tem por dia? No pulso o ponteiro maior me indica que são dezesseis horas da tarde, eu já morri três vez até agora. Fui pistoleira no velho oeste, plantei batatas onde não havia modo de plantação. Questionei o que me faz sorrir de verdade? Perguntei, é isso mesmo que eu quero? E como posso eu ter tanta certeza de mim. Sou composta de pernas maiores que os braços e urgências tranquilas que escorrem como água doce das represas de origem obscuras. Sou um hiato perdido.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-28979552949513013212010-12-06T15:17:00.004-02:002010-12-22T10:51:58.442-02:00Infinito em tom maior<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlyuIpX0y2NGTwQVK8oWNqgGLOO61AchynfNHGM7DFEkR0X1Rx4x3K0oR3vFdcSobO4uOyO3tt7m4w1_NGi8IwvF9qV1a-h8ceHjo-Gnij_1A9xfPCejNgOUSveWjJQJqQpFsyfUv_-h-O/s1600/pensando.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 255px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553488473868366578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlyuIpX0y2NGTwQVK8oWNqgGLOO61AchynfNHGM7DFEkR0X1Rx4x3K0oR3vFdcSobO4uOyO3tt7m4w1_NGi8IwvF9qV1a-h8ceHjo-Gnij_1A9xfPCejNgOUSveWjJQJqQpFsyfUv_-h-O/s320/pensando.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:180%;"><span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">Desprender</span> à si. Deixar a roupa ir embora com a areia, lavar a alma do corpo; deixar romper, andar pela simples motivação do dia quente, sem invasões de <span style="color:#ff0000;"><strong>pensamentos</strong></span> bárbaros. Sem aquela nostalgia que inventamos, apenas deixar ser. Porque as folhas daquela árvore que se derrama pela calçada<strong> <span style="color:#333399;">pode ser toda a minha razão e todo o meu começo</span></strong>. </span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-85430524509721004552010-12-06T14:45:00.003-02:002010-12-22T10:54:04.766-02:00Sunny<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHynE3STuJXs-ruRwYmfdzPAxm4jm9zp4aCdopSITYUs2Z8XNC-pvklbLUBB5qFYWl-QfPufyLl51FFjWPgOzGYTdWxZc3_QqcwBNO6Gmvclr9sZTFWz2a5rcwCcI33lo_H0R8HKCUJePS/s1600/menina.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553489079131447122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHynE3STuJXs-ruRwYmfdzPAxm4jm9zp4aCdopSITYUs2Z8XNC-pvklbLUBB5qFYWl-QfPufyLl51FFjWPgOzGYTdWxZc3_QqcwBNO6Gmvclr9sZTFWz2a5rcwCcI33lo_H0R8HKCUJePS/s320/menina.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Sentei na cadeira e coloquei Beatles para tocar, é meu ritual religioso. Eu diria para qualquer um que me ouvisse murmurando a melodia da minha menina. Final de ano sempre me cobre a face com a calma que vem dela, a pele branca que me arranca as dores de existir, os colares, um de colorir amor e outro em pura liberdade. Não é apenas uma passagem no tempo, estaríamos nós perdidas nesse tempo algum? Haveria apenas uma resposta? Então eu organizo as viradas de ano e refaço cada palavra certa, porque é só a sua palavra que me convém até quando eu não ouso me contrariar. É a letra que vem do vale mais bonito da serra que quebra as massas cinzentas de concreto bruto que eu construí só porque eu precisava de armadura contra excesso de bondade. No fundo estreito do sentir fica esse sabor de chuvinha fina. O eclipse que aconteceu sem ninguém supor que <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">estávamos</span> lá, que a junção dos mundos éramos nós. Apenas Sol e Lua.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-9088856869135075782010-12-02T11:48:00.003-02:002010-12-22T10:56:27.815-02:00Meu tempo sou Eu<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhey95-9wAmUdGC7Kh7ddV2EYfY906kYA0bAoKdMY902bbKSM7em2Wot7KE6znvPwbPCJTjA7ZwWylnb30OaRHwDWamjl5IqFoyB1-VC0vY7fvDQfY4keiFMieCLP5BejWXJmgC72VcDbVI/s1600/menina_de_la_famulas_isolamento_sol_cores_heart_arco_iris_kid_teddy_girl.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553489665868196578" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhey95-9wAmUdGC7Kh7ddV2EYfY906kYA0bAoKdMY902bbKSM7em2Wot7KE6znvPwbPCJTjA7ZwWylnb30OaRHwDWamjl5IqFoyB1-VC0vY7fvDQfY4keiFMieCLP5BejWXJmgC72VcDbVI/s320/menina_de_la_famulas_isolamento_sol_cores_heart_arco_iris_kid_teddy_girl.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Estacionei o carro debaixo das árvores, fiquei alguns minutos ali, esperando qualquer coisa acontecer; sabe quando a coisa inexplicável <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-corrected">sobre humana</span>-paradisíaca não ocorre assim pela manhã quando você tanto quer. <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-corrected">Insisti</span> apertando forte os olhos, disso me restou uma pedaço de dor de cabeça. Mentira, sempre peso meus pensamentos pela manhã, acompanhado vez ou outra de dores. Segui para o trabalho, disse bom dia sem vontade de dizer, sentei na cadeira e <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">comecei</span> a contar as horas para almoçar. Porque o almoço é a fuga da alma, em tempo assalariado, respira-se uma hora por dia. Meu cabelo ainda molhado me lembrava a sensação fria do vento e espera. Pela quantidade de folhas em cima da mesa imaginei um daqueles dias em que mal se vai ao banheiro, quiçá tempo de remoer uma espera. Eu não estava <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">exatamente</span> enganada, eu não costumo <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">exatamente</span> me enganar. As emoções esfuziantes ficam <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-error">para os</span> adolescentes, que só estudam com horas vagas para <span id="SPELLING_ERROR_6" class="blsp-spelling-error">surtar</span> de paixão; eu não. Tenho horários à cumprir comigo. Não me encontra sentimento dentro de mim que não espere o relógio bater <span id="SPELLING_ERROR_7" class="blsp-spelling-corrected">dezoito</span> horas.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-16624416307720898522010-12-01T15:55:00.004-02:002010-12-22T11:10:09.511-02:00Solúvel<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYfSoSjbR8uOPWpwtm6Q1ec7877k6DtbuBM9GQM9tlPtSicfquUBsvr7qQ_APaF1PP-gJivFNK-EH15vsgJFmEwveUIkzcOMcYd1xWGj2viACQB-BQWER6yv5ydLVRLUlzRG1-lMZ2q9oB/s1600/Romance_by_Faylinn.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 226px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553490812636055986" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYfSoSjbR8uOPWpwtm6Q1ec7877k6DtbuBM9GQM9tlPtSicfquUBsvr7qQ_APaF1PP-gJivFNK-EH15vsgJFmEwveUIkzcOMcYd1xWGj2viACQB-BQWER6yv5ydLVRLUlzRG1-lMZ2q9oB/s320/Romance_by_Faylinn.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:180%;color:#006600;">De início parece que toda aquela construção que ele faz da boca pra fora, é mágica.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-34202057065178198352010-12-01T15:14:00.004-02:002010-12-22T11:12:08.152-02:00Tons frios<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqT_GqLDu0jVfapnrpBkPAdc-fYLN731dUtjDkhcZuMNFamFhIi-A_9x2z4a5eIlnEwioWNYSMgLqbCG8FRNyEjKbNLNQe1a2FCj-tWht-Y2czzm5AVl9fAc1Jb-YkWLP_wWL5-IwS0lYn/s1600/6615465-lg.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553493711701277602" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqT_GqLDu0jVfapnrpBkPAdc-fYLN731dUtjDkhcZuMNFamFhIi-A_9x2z4a5eIlnEwioWNYSMgLqbCG8FRNyEjKbNLNQe1a2FCj-tWht-Y2czzm5AVl9fAc1Jb-YkWLP_wWL5-IwS0lYn/s320/6615465-lg.gif" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKiQeizzIwMIhZ1G-_Mge8AREQww2Uk33udh_34hU7ieawyiHWbqMpmEmsKaXXwjyjjb-R6iZLIRtpoqDYBCC5VZmX4v8S-0085Ro5pBJWvHOy8vEx8pa4e7jrZp7yYxHoypkIPuCcIyks/s1600/Batom+Azul.jpg"></a><span style="font-size:130%;color:#663366;"><em><strong>Rompendo o silêncio sinto formar a vida em mãos firmes, acostumadas com acelerações de partículas dissonantes; congela-se a face de qualquer movimento tolo, fuma o cigarro até o filtro que é pra encontrar o lapso de verdade que vibra atrás do que não se deve fazer. Juntei meu botão num colorido íntimo e me esqueci que o mundo inteiro pode ouvir essas pequenas vergonhas; a gente entrega nas menores cousas. </strong></em></span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-20517530233657263762010-11-25T15:32:00.006-02:002010-12-22T11:19:31.155-02:00Dois em um<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-bZ-VYYudE3_eqOerHSBQ1Owsukq03-PHogqRXpbPdKto_SRaqmJ9p7byKmVqRRfGJv69JeWqK3pK1OIFFTEibjsw7bBzbIMmv4srcja_NFcng3894kphgxS3OhZ5-KXukPuyHEchYHcc/s1600/casal-preto-e-branco-529d8.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553495617409999234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-bZ-VYYudE3_eqOerHSBQ1Owsukq03-PHogqRXpbPdKto_SRaqmJ9p7byKmVqRRfGJv69JeWqK3pK1OIFFTEibjsw7bBzbIMmv4srcja_NFcng3894kphgxS3OhZ5-KXukPuyHEchYHcc/s320/casal-preto-e-branco-529d8.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">É apenas a morte, a memória dos velhos lugares; renovar aquele sabor de suor e fúria sucumbindo aos corpos na pista em preto e branco. É o mesmo gosto de antes, mudam os rostos mas a temperatura continua propícia ao <span id="SPELLING_ERROR_0" class="blsp-spelling-error">contatos</span> íntimos; cria-se a devoção pelo toque, nos vestindo deuses de nós mesmos. Na escuridão de cada cela um porta-retrato tomba, não é a música. Na televisão é a violência exposta nas fissuras sociais, sem novidades. Você volta pra mesa de jantar e <span id="SPELLING_ERROR_1" class="blsp-spelling-error">flerta</span> com o <span id="SPELLING_ERROR_2" class="blsp-spelling-corrected">esquecimento</span>, mas sempre sobra uma fagulha de dor. Individual, sua. A minha hoje é um vazio que a minha <span id="SPELLING_ERROR_3" class="blsp-spelling-error">hipocrisia</span> me permite dizer, é um outro coração que bate junto com meu, não têm ligação de sangue, não têm a menor razão de ser ou de existir. Mas é. Com a sua potência de totalidade o meu vazio quente escorrendo pela nuca ao som de um jazz dançante. Eu brinco de ser feliz junto com vocês, se é pra batucar eu batuco! Sorrir na chuva, eu engulo o frio com cachaça seca cortante em garganta musculosa de tanto engolir choros secretos. Poderia eu perder o senso no <span id="SPELLING_ERROR_4" class="blsp-spelling-error">show</span> da vida, fiquei com um bilhete roubado; ainda há esperança; há em mim muitos deslizes insuspeitados. Não me tema como se a minha voz fosse te congelar? Eu também quero o conforto da paz, segura, sem tanques nas ruas. Como a gente <span id="SPELLING_ERROR_5" class="blsp-spelling-corrected">sonhou</span> daquela vez. Sim, meu amor, como sonhamos.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-91871506321372154632010-11-24T11:54:00.004-02:002010-12-22T11:22:47.717-02:00Sintomas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh52fn2WCZavzUZnZbm8zHwteiTvZ7bJ_YMjBGcJ78Q2Fjwo164LnvWpLxQ75URwQ-fMviFzw6wx7RjbzMIzgUb-ZGDxiuI2PD9guU_G3JOgfSQJK9ovUwO-uA2xWwb1EOmNUBvMLHZLt6J/s1600/488641223_223b4d20ef.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 202px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553496464809982210" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh52fn2WCZavzUZnZbm8zHwteiTvZ7bJ_YMjBGcJ78Q2Fjwo164LnvWpLxQ75URwQ-fMviFzw6wx7RjbzMIzgUb-ZGDxiuI2PD9guU_G3JOgfSQJK9ovUwO-uA2xWwb1EOmNUBvMLHZLt6J/s320/488641223_223b4d20ef.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Saia preta blusa negra e espera. O portão se abre, mas não sou eu que grito é um algo indefinido que me faz lembrar você; esse gesto suave que me empurra para o precipício da razão, agonizo as horas em que a completude espera a tarde cair, engulo esse líquido espesso que você guarda na geladeira, eu nem gosto da energia marrom cafeína que ele produz nas minhas células sonhadoras, eu nem gosto de como você conduz as bolhas de sabão no ar. Eu poderia ser ela, vagando indefinidamente, eu não. Preciso de qualquer explicação mesmo que fuja à coerência. Deito no lençol manchado com as lembranças, a mente é capaz de produzir todas as sensações, fica o espírito querendo assombrar a idéia de corpo, compreensão mútua de pele. O relógio me assusta dizendo que faço tudo num tempo meu, inexistente; o sonho é capaz de pertubar os sentidos com as minhas palavras girando na fotografia que você rabiscou tentando modificar o amor. A liberdade não é um freio de ligação, é o começo e o fim. Junto agora todos os meus pedaços; colo, costuro, pinto. Deixo até você escolher a cor. Mas só dessa vez. Porque eu sinto um novo vento que vem de dentro de você, balança quando a minha presença te toca. Sabemos que não há num outro esse uno, parte, inteiro desmetaforizado. Abandonamos terra, casas, pessoas... Fomos destinados à inconpreensão secreta de nós, suja, virulenta. Mais forte que os meus delírios no supermercado, ausência de pudor, profundidade secreta. Toda vez que eu te sorrio têm um eu em mim que chora, essa paixão avassaladora, seu violão. E a nossa música já foi escrita na aurora dos anos, agora senta na cama que me cortou a sensatez, deita nas plumas etéreas dos pensamentos possíveis, <span style="color:#663366;"><span style="font-size:180%;">ignora o amor</span>,</span> estamos acima dele. Juntos.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1847561085951573801.post-27468478070528657602010-10-11T16:00:00.003-03:002010-12-22T11:25:04.561-02:00Advento de corpo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSNBQjIo1rtSBYcUXC6U7FnDpbrNWYMxM-NJnEXKAQx6IIBOgODKQBJpc35ST1HacnWr27SR4qZOJuf2haa_BfJ4RaNDWK9PemQ-IzSnGtVqazVL53cUxe1RSSNHO3V2ktUxhj_2UsTNFA/s1600/25_MHG_felicidade.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 205px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553497071006540306" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSNBQjIo1rtSBYcUXC6U7FnDpbrNWYMxM-NJnEXKAQx6IIBOgODKQBJpc35ST1HacnWr27SR4qZOJuf2haa_BfJ4RaNDWK9PemQ-IzSnGtVqazVL53cUxe1RSSNHO3V2ktUxhj_2UsTNFA/s320/25_MHG_felicidade.jpg" /></a><br /><div><span style="font-size:130%;">Deixa o risco fazer parte da respiração, contínuo, adverso, eu sim, sei fazer tijolo virar casa. Fui eu que envolvi o teu corpo em nuvem, eu, só eu que te aqueço o riso.</span></div>Fernanda Tellezhttp://www.blogger.com/profile/11947570762962214153noreply@blogger.com1