Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Faz-de-conta
Esfreguei meus olhos e sujei meus dedos de sombra, eu nunca fui daquelas que usa sombra todos os dias, mas nesse dia em especial eu a usava, ela era cintilante e brilhava feito arco-íris. Era um dia ensolarado, mas fazia inverno dentro de mim. Os motivos saltitavam aos montes, e a falta de compreensão se fez quase que desnecessária. Sento na cadeira azul-horizonte, e vôo sem limites na minha imaginação colorida, que vez ou outra fica cinza-normal. E quando perco as cores, me descontrolo, penso que a razão não deve ser sempre desejada, e que pra todos os sentimentos há de ter descanso. Piso na grama ignorando os avisos, alheia ao universo. E toda vez que tento juntar o quebra-cabeça da minha alma, vem a brisa do mar e transforma tudo em pó. Volto a olhar a lua da minha janela, deito na cama e espero que tudo seja sonho. E que se for pra acordar, que seja nos braços dele. Leve vida, vida leve... me leve.
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