quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

meu corpo
quereres
teu céu
anis

não faz assim delicadeza

em qualquer sete motivos
eu espero... nem sei
nem sabemos
é sempre tarde

não faz assim madrugada

não te sei, teu quarto, tua bateria
meu livro um laço de cetim
nossas vozes, estranhamento
mas no ouvido

faz assim
aprendi a deixar romper
o primeiro foi impacto fulminante
o segundo com gosto de cabelos verdes
o terceiro ainda nem foi. mas será?

passaralho

sangue sujo pela pele clara
fêmea que semeia nos tormentos
o vento corta face
o garoto late

gritos no absurdo choram lua cheia
o sobrenome dele varrendo a quinta avenida
o outro para
ele segue
eu sendo

a noite cansa bolha no indicador
atrevida descasca e dói
nas fezes tortas
de brincar de amor
renovo reflexo

digo olá
e deixo passar