quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Vomitando sensações

Não quero temer os caminhos sinuosos e incertos, me lanço ao vento mesmo me sentindo esvaída de mim, como um líquido sujo e esgotado.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

28 de janeiro


Voltando ao mundo real... Meu irmão amado nasceu no dia 28 de Janeiro de 1987. Ai, que medo da vida! Me lembro quando ele tinha 12 anos, e nossa maior preocupação era zerar as fitas do nitendo. Ou quando passávamos as tardes jogando futebol no prédio da Dedéia. As lembranças são tantas, em todas as vezes que caí, ele estava lá pra me botar no colo. Me ensinou a andar de bicicleta, me ensinou a amarrar o tênis. E todas as vezes que chorei, ele arrancou de mim a minha dor... Simplesmente porque ele consegue tudo o que quer comigo (isso me irrita) mas eu não resisto quando ele fala: ", por favor". Sentimento louco esse "amor-de-irmão". Diria até que é um puta sentimento ingrato. Quantas vezes eu fui injusta, gritos! ofensas! te odeio! E no final do dia era sempre igual, eu agarrada em você te acarinhando, e você me protegendo de mim mesma, da minha loucura. Você sempre esteve ali... sempre... apesar de tudo... de todos... e só agora sei que és meu melhor amigo. Meu amor... meu irmão. Olho no espelho e vejo uma mulher, e isso me assusta, pois quando me viro pro lado vejo que meu menino virou um homem. Ainda quero cuidar de você, dormir do seu lado fazendo carinho na sua orelha, então, cresça... vôe... Mas sempre resida no meu coração.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Parabéns musa, Fortaleza!

"Garotas que passam têm lugar na canção
Tudo está ali
Pra quem sabe o que é bom
Ninguém mais esquece o réveillon
Fevereiro e março
É tempo de carnaval
O Rio que traço
É o lugar natural
Pras coisas do amor..."



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Non, Je Ne Regrette Rien

"Não, eu não lamento nada
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado

Com minhas lembranças
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles..."

(Edith Piaf)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Faço cena, cinema, poema

A paciência não existente
O vidro através do espelho do carro
A carne cortada amiúde
O tiro no peito que não mata
O cego abandono da ilusão.

A árvore que cresce em azul
Os amores que brotam no sul
O prato que não como todo dia
Uma esquina, uma luz, sozinha.

Brilham estranhas heresias
Na sala a televisão que eu não escuto
Em meu coração, veio furacão
E mudou tudo. mudo. cujo.

Dilemas, problemas, esquema
Pinto minha vida com lápis-de-cor
Jogo pro espaço, poeira e dor.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Etílicas

Lindas e loucas
Almas soltas
Voltam insanas
Sonham e sentem
Brigam e amam
Outrora enganam.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Charles Chaplin

Cada um tem de mim exatamente o que cativou.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Baby suporte

Amor escravo de nenhuma palavra
Não era isso que você procurava
Não viu no fundo da retina a mágoa
A luz confusa onde o tudo é o nada
A esperança está grudada na carne
Que diferença há entre o amor e o escárnio?
Cada carinho é o fio de uma navalha
Oh! Baby, não chore
Foi apenas um corte
A vida é bem mais perigosa
Que a morte
Suporte, Oh! Baby, suporte
Suporte, Baby, suporte


(Cazuza)

Faz-de-conta

Esfreguei meus olhos e sujei meus dedos de sombra, eu nunca fui daquelas que usa sombra todos os dias, mas nesse dia em especial eu a usava, ela era cintilante e brilhava feito arco-íris. Era um dia ensolarado, mas fazia inverno dentro de mim. Os motivos saltitavam aos montes, e a falta de compreensão se fez quase que desnecessária. Sento na cadeira azul-horizonte, e vôo sem limites na minha imaginação colorida, que vez ou outra fica cinza-normal. E quando perco as cores, me descontrolo, penso que a razão não deve ser sempre desejada, e que pra todos os sentimentos há de ter descanso. Piso na grama ignorando os avisos, alheia ao universo. E toda vez que tento juntar o quebra-cabeça da minha alma, vem a brisa do mar e transforma tudo em pó. Volto a olhar a lua da minha janela, deito na cama e espero que tudo seja sonho. E que se for pra acordar, que seja nos braços dele. Leve vida, vida leve... me leve.