domingo, 28 de agosto de 2011

Uma intolerância tinha ganhado espaço na minha devastação, não era o genio forte que me fazia elevar a voz, era a falta, o reencontro com o que morreu, eu sabia que a morte era a única certeza que temos na vida. Mas e se nos próximos cinco anos eu ainda enxergar esse vazio na linha do horizonte? Pensava em suicídio, tentava a religião o álcool, o sexo. Não, não vai passar, mas se modifica. E essa linha tenue reconfortava os domingos insossos. Voltar para o início ou me atirar ao novo? A novidade me atraia.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Já pensei em me esvair em palavras, arrancar todas até não sobrar eu. O que restaria então? Sonho travestido de sombra dos dias híbridos. Peito aberto, fratura exposta, meu coração forte, frágil, desvairado em consciência. Quero pintar as paredes de dentro de azul, sim, um azul pungente, que esmagasse a certeza que fazia encantamentos sórdidos. O por debaixo dos panos me vibrava as percepções com a cartola na cuca maluca. Faço mágica com as palavras, mas a platéia percebe o truque? Estou vestida de escolhas, não tem coelho na minha cartola, é tudo paixão. Não acredito em nada que não tenha paixão.