quinta-feira, 29 de maio de 2008

É que rola os sonhos

Não quero ser dona de nada, o meu nariz já me basta. Nada me pertence, nem a alma, ou a calma. Se te gosto, te permito voar... Largada por natureza, praticante assídua do desapego. Altruísta, te nutro e te deixo leve, em mim não existe espaço pro ciúme. Você não é meu, nem ela. Caneta, fone de ouvido, plástico, bola, vela. As coisas são só as coisas. E sentimentos são a chave do meu céu de diamantes, mas não sou sua, nem dela. Quiçá deles. Tenho fome de mundo, e como ele com nutella. Nada me pertence, nem o choro, nem a reza. Mas estou sempre pronta a te ouvir, e vou sorrir displiscente enquanto aperto a tua mão. Mesmo sabendo que tudo é subjetivo, que o mundo é vasto, e que cada pedacinho meu é feito de amor e conflito.

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