terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Castelo de areia


Resoluções de finais de ano precisam combinar com essa cor que eu quero inventar? A direção me leva da eloquência onde espalho as gotas pela superfície dos timbres percorrendo o chão das delícias imaginadas; até o fechamento dos meus olhos para um eu que não existe mais. Renovei minhas palavras velhas, mutilei o sorriso que precisava, tirei todo o precisar de mim. Vi um vulto vermelho pulsante e descobri que tenho um coração apaixonado. Não sabe decodificar teoremas de complexidade mas sabe ceder, aceitar compreender. Eu compreendo tudo. Não vês? Eu nasci para o amor. Beijar uma multidão de silêncio não é imoral, pecado é desistir de si mesmo. Quebrei, estou, fora. Saltei, enfim, da bolha. É libertação? Ainda não é isso, a alma que repele ondas de negatividade enquanto me coloca em seio materno de vertigens doces, alucinadas! Tenho tido muitos sonhos, meus prelúdios do teu ser, muito certos. Eu escolhi o erro. De saber e mentir mais que os outros. Rasguei o caderninho de delírios, se você encontrar um meu correndo por aí diga que não o quero. Só o que movimenta minha sensatez é paz do meu menino.

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