quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Meu tempo sou Eu


Estacionei o carro debaixo das árvores, fiquei alguns minutos ali, esperando qualquer coisa acontecer; sabe quando a coisa inexplicável sobre humana-paradisíaca não ocorre assim pela manhã quando você tanto quer. Insisti apertando forte os olhos, disso me restou uma pedaço de dor de cabeça. Mentira, sempre peso meus pensamentos pela manhã, acompanhado vez ou outra de dores. Segui para o trabalho, disse bom dia sem vontade de dizer, sentei na cadeira e comecei a contar as horas para almoçar. Porque o almoço é a fuga da alma, em tempo assalariado, respira-se uma hora por dia. Meu cabelo ainda molhado me lembrava a sensação fria do vento e espera. Pela quantidade de folhas em cima da mesa imaginei um daqueles dias em que mal se vai ao banheiro, quiçá tempo de remoer uma espera. Eu não estava exatamente enganada, eu não costumo exatamente me enganar. As emoções esfuziantes ficam para os adolescentes, que só estudam com horas vagas para surtar de paixão; eu não. Tenho horários à cumprir comigo. Não me encontra sentimento dentro de mim que não espere o relógio bater dezoito horas.

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