sexta-feira, 25 de julho de 2008

Anjo sem pétalas e sem pecado

E não pedes licença, chega forte, adentra meu eu profundo, me toca no ponto onde só você conseguiria tocar. Me evolve no corpo mutável, nessa massa de moldar. Eu me entrego, escorrego, faço parte. Crio borboletas, faço girassóis, sou toda arte. Não demora tanto, que meu colorido é frio, e sem o teu amor o arco-íris fica vazio. E quando me toma em seus braços o mundo se colorirá, e quando me deito ao teu lado o sol vai alumiar! Pássaros vão cantar... Bem-te-vi, rouxinol, andorinha, sabiá! E quando o mel se fundir num só feixe a brilhar, a humanidade vai se deparar: lírios, orquídeas, dama-da-noite, azaléia no céu do pensar... Brindo a tua beleza nua, desmedida, pintura, pós-perfeita, pós tudo, soberana absoluta do meu reino de contradições.

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