quinta-feira, 13 de novembro de 2008

... embriagada de teu sono insípido me vejo em recortes, tinta fresca que cheira heresia a todo vapor. um segundo e o vidro se quebra, pingos de verão invadem receios, edifico o lar em agulhadas quando te vejo perpetuar teu umbigo em minhas devastações, e teus olhos fechados não negam o ardor saliente que se curva diante dos antigos deuses. vazios e repletos de nós mesmos, poeira estelar que se materializa no feixe desconexo entre o tiro e o sexo, submerso a faca e ao corte. chove em mim... e me molha de teus delírios tão meus que a noite vem chegando e quando me encontro com ela me torno novamente aquilo que não tem nome nem controle, mas que vagueia e te domina até o ácido ferir a pele tão forte que desejarias imensamente que fossem meus dedos poéticos, ou minha alma chumbada de filosofias roxas. e o efeito ressonante em teu pulmão tão cansado de minhas vértebras chegaria a doer se não fosse quarta, e se eu não te amasse tanto, que quando machuco meus sentidos é teu corpo que sangra...

Um comentário:

Anna Rocha disse...

Vazios e repletos de nós mesmos estamos sempre, como também estamos sempre vazios e repletos dos outros.

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ameiiiii teu post, sou de porto alegre/RS. amei teu comentario no meu blog, tento atualizar quase sempre e to amando ler o teu, afinal, eu também nunca disse que prestava. Meninas malvadas são muito inteligentes e escrevem muito bem!

beijão!!

ps: qqr coisa add no msn: anapaularn83@hotmail.com